Perguntas frequentes

Primeiramente, evite ao máximo a produção de resíduos, reutilizando os materiais que puder e encaminhando o que não tiver mais uso para a reciclagem.

  • A participação da população na correta separação dos resíduos (o que pode ser reciclado do que não pode) é importante e é o primeiro passo para a reciclagem.
  • Separe os recicláveis (garrafas PET, isopor, por exemplo) dos resíduos úmidos (restos de alimento, cascas de fruta, entre outros).
  • Os recicláveis sujos com restos de alimentos devem ser enxaguados para não contaminarem outros materiais. Mas atenção! Reutilize a água da lavação da louça para efetuar esta higienização.
  • Desmonte as caixas de papelão, assim elas ocupam menos volume no caminhão da coleta (e também na sua lixeira!).
  • Os vidros, quebrados ou não, devem ser bem embalados para facilitar a coleta e evitar acidentes.
  • Ponha todos os recicláveis dentro de um saco, feche bem e coloque na frente da sua casa, na calçada ou na lixeira seletiva, somente no dia da coleta.


O CIRSURES coleta e a COOPERAMÉRICA fará a classificação por tipo de material e posterior comercialização.

Mas fique atento! Não são recicláveis: lâmpadas, espelhos, baterias, pilhas, espelhos, vidros temperados, cerâmicas, porcelanas, esponjas de aço, papéis celofane e carbono.

Para participar da coleta seletiva, o munícipe necessita efetuar a separação em sua residência dos resíduos recicláveis.

Basta colocar os recicláveis (papel, plásticos, vidros, isopores e metais) em um saco ou caixa. Depois é só por o material ensacado na frente da casa no período do dia em que a coleta seletiva porta-a-porta passa na sua rua. O munícipe ainda pode dispor o material em PEV (Ponto de Entrega Voluntária) caso a municipalidade já o tenha instalado na sua rua ou bairro. 

A preservação do meio ambiente passou a ser uma das grandes preocupações mundiais, sobretudo após a década de 70, devido ao aumento da produção de resíduos, alavancada pela proliferação das embalagens e produtos descartáveis. A partir de então, a palavra reciclagem ganhou sua acepção ecológica e passou a designar o conjunto de técnicas que busca reprocessar substâncias descartadas para que elas se tornem novamente úteis e possam ser reinseridas no mercado. A reciclagem é um dos fins (certamente o mais lucrativo e ecológico) que os resíduos podem ter. Entretanto, sabe-se que nem todo material pode ser reciclado e que para cada um daqueles que podem ser reaproveitados existe uma forma adequada de reciclagem. Nesse processo de recuperação de materiais, a coleta seletiva é fundamental e consiste, basicamente, na separação e no recolhimento dos resíduos.

Nos termos da Lei Federal 12.305/10, a reciclagem é o processo de transformação dos resíduos envolvendo a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação destes em insumos ou novos produtos. Essa atividade foi inserida como uma das ações prioritárias no princípio da hierarquia na gestão de resíduos.

Muito confundindo com reciclagem, o upcycle também tem como objetivo ajudar o mundo a ser um lugar mais sustentável. Na busca por soluções que evitem ou, pelo menos, reduzam a degradação ambiental, muitos termos e conceitos vão surgindo.

É o caso do upcycle, que surgiu em 1990 e está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. Ao contrário da reciclagem, que prevê a criação de um novo ciclo para o material descartado, o upcycle visa a valorização do ciclo. De acordo com William McDonough e Michael Braungart, no livroCradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things, upcycle é “evitar desperdício de materiais potencialmente úteis, fazendo uso dos já existentes”.

Os autores afirmam, ainda, que ao reduzir o uso de novas matérias-primas, há uma redução no consumo de energia, poluição do ar, poluição da água e até as emissões de gases de efeito estufa. Ainda não entendeu? Funciona assim: os produtos que não têm mais uso e iriam para o lixo, devem ser utilizados como são, mas para outros fins. De forma que seu produto final agregue valor ao material utilizado.

Dessa forma, o que estaria no fim da vida útil se transformaria em algo novo e valorizado. É uma espécie de reinserção do produto nos processos produtivos. O processo vem ganhando muitos adeptos. Isso porque, além de ser ecologicamente correto, o custo é bastante reduzido, o colocando em posição de destaque no mercado e sendo a opção preferida de artesãos adeptos da reutilização. Dessa forma, o upcycle está cada vez mais presente na moda, na decoração e em outras áreas. exemplo disso, algumas empresas transformam embalagens em matéria-prima para confeccionar bolsas, mochilas, estojos e cadernos. Alguns artesãos criam armários, mesas e cadeiras, a partir de fita adesiva, CDs e fitas cassetes.

Entre as vantagens do processo estão a substituição do uso de matérias-primas ‘virgens’ na criação de novos produtos e a diminuição de lixo no aterro sanitário e nas ruas. Mas, e a reciclagem? A reciclagem ainda desempenha papel importante na sociedade. No entanto, quando o resíduo passa pelo processo, perde valor e acaba se tornando uma matéria-prima de segunda mão. O upcycle vem para inovar os processos de reutilização e reaproveitamento de materiais já desgastados e não para invalidar a reciclagem.

Quando falamos em resíduos sólidos, estamos nos referindo a algo resultante de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada. Esses materiais gerados nessas atividades são potencialmente matéria-prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.

Ao segregarmos os resíduos, estamos promovendo os primeiros passos para sua destinação adequada. Permitimos assim, várias frentes de oportunidades como: a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; a melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos.

Ao praticarmos coleta seletiva e a reciclagem tornamos nossa cidade mais limpa, reduzimos o volume de resíduos enviados ao aterro sanitário (o que amplia a sua vida útil), reduzimos a extração de recursos naturais e recuperamos os resíduos (por meio da reciclagem e do reaproveitamento).

Além disso, ajudamos na valorização dos resíduos sólidos, na geração de empregos e de renda para os catadores de materias recicláveis que dependem da comercialização do material a ser reciclado.

Por fim, a coleta seletiva contempla ainda um conjunto de premissas que nos fazem repensar a forma como temos vivido, os padrões de produção e consumo e o legado ambiental que deixaremos para as próximas gerações.

 Fonte: Abrelpe, 2015.

Há três tipos de reciclagem: a mecânica, a energética e a química. A mais comum no Brasil é a mecânica, que usa o material usado e processado para produzir outro item igual – ou seja, uma latinha de alumínio pode ser usada para produzir uma nova. Já a mais usada no mundo é a energética – que produz energia a partir da incineração de resíduos sólidos. 

Um levantamento do Ministério das Cidades, com dados de 2012, aponta que por volta de 94% dos resíduos sólidos produzidos nos municípios brasileiros vão para aterros. De acordo com a PNRS, que prega a valorização dos resíduos sólidos, esta seria a terceira etapa na hierarquia da disposição dos resíduos descartados. 

A primeira etapa seria a reutilização ou reciclagem dos materiais por meio de processo mecânico. Se não for possível, encaminhar os resíduos para a segunda etapa, que é a queima para produção de energia. Em último caso, enviar os resíduos para aterro sanitário.

Ao manter um modelo de gestão de resíduos urbanos que preza pelo aterramento, estamos desperdiçando matéria-prima.

Os principais materiais recicláveis coletados pelo CIRSURES são o metal, o vidro, o plástico, o isopor e o papel. Juntos, eles representam, em média, 37,67% dos resíduos gerados na área urbana dos municípios consorciados, segundo o PGIRS (2013).

Lâmpadas fluorescentes, por exemplo, não são coletadas pelo CIRSURES e devem ser depositadas na coleta especial. Já os espelhos, devem ser descartados no resíduo comum. Constam ainda dessa lista cerâmicas, objetos de acrílico, papel-carbono, papel higiênico usado, papel celofane, fotografias, fitas e etiquetas adesivas, bitucas de cigarro, papeis engordurados, fraldas, absorventes e guardanapos usados. As baterias de telefones sem fio, de filmadoras e de celulares podem ser reaproveitadas se encaminhadas para a coleta especial. Já as pilhas comuns devem ser descartadas seguindo as informações constantes nas embalagens, pois, a composição de metais pesados existentes naquela pilha determinará se ela poderá ou não ser descartada em aterros sanitários.

Se um processo de reciclagem possuir um alto custo, dificilmente alguém irá fazê-lo. Existem técnicas de reciclagem para alguns materiais que não são reaproveitados, mas os procedimentos consomem muita energia ou exigem equipamentos caros. O desafio é desenvolver processos que tragam retorno financeiro, ou que ao menos compensem o investimento.

O poder público precisaria disponibilizar uma estrutura adequada, com coleta eficiente e pontos de entrega voluntária, com informações sobre o funcionamento do programa para a população. A falta de informação ainda é um impeditivo em muitos municípios. A participação da população na correta separação dos resíduos – o que pode ser reciclado do que não pode – é importante: é o primeiro passo para a reciclagem.

Alguns especialistas afirmam que o atual modelo de coleta seletiva nos municípios brasileiros (que tem como apoio básico os catadores), necessita da implantação de sistemas mecanizados.

Outro problema a ser superado é o resíduo em más condições de conservação. É preciso garantir que os resíduos cheguem nas indústrias recicladoras em bom estado. Isso significa que o “lixo” seco não pode entrar em contato com os restos orgânicos. Um copo contendo café jogado numa lata de lixo pode comprometer a reciclagem de todo o papel ali contido. Vale lembrar que não é necessário separar o lixo seco por tipo de material, uma vez que a cooperativa de reciclagem Cooperamérica sempre executa a triagem do material coletado.

A informalidade em alguns processos de reciclagem, a carência de soluções de engenharia com visão social e o alto custo do processo na fase de coleta também são fatores impeditivos ao avanço na reciclagem no Brasil.

Deve-se registrar ainda que, sem uma coleta seletiva eficiente, os materiais acabam prejudicados e sem possibilidade de reaproveitamento ou reciclagem. Esta, por sua vez, não depende apenas da fase inicial de captação daquilo que é descartado. Para avançar nesse setor e obter índices exitosos, já alcançados em outros países, é indispensável um tratamento tributário diferenciado a estes materiais, com estímulo às instituições que efetuam a coleta do materias, às cooperativas de catadores e à indústria transformadora, que precisam estar aptas a absorver e reinserir todo o material triado como matéria-prima, ou seja, aquilo que foi descartado como resíduo.

O ano é 2015, o século é o XXI: já está na hora de a indústria mundial começar a rever algumas de suas diretrizes. Uma delas, e talvez a que mais vai contra toda a corrente mundial no sentido da sustentabilidade, é o conceito da obsolescência programada.

Mas o que é a obsolescência programada?
A ideia dos fabricantes é aumentar a velocidade do envelhecimento de seus produtos para estimular o consumismo e, com isso, suas vendas. Durante o uso diário o desgaste dos produtos que utilizamos é natural e depois de um tempo eles normalmente tendem a ficar obsoletos.

Porém, você já se perguntou o porquê de isto estar acontecendo com tanta frequência ultimamente?
Essa situação é parte da estratégia dos fabricantes desenvolvida após a grande crise de 1929 e o boom do consumo em massa na década de 50. Fonte: Depositphotos A ideia dos fabricantes é aumentar a velocidade do envelhecimento de seus produtos para estimular o consumismo. Até a década de 20, os produtos fabricados eram feitos para durarem para uma vida, porém, a situação mudou principalmente na indústria de eletrodomésticos.

Uma das principais justificativas para o lançamento de novos modelos de celulares, por exemplo, é o avanço da tecnologia, mas será que ela avança tão rapidamente?
Para ilustrar a situação vamos falar sobre o Ipad, tablet desenvolvido pela Apple: o Ipad 4 foi lançado apenas sete meses depois de seu antecessor.

Será que houve tanto avanço em tão pouco tempo?
Atualmente, existem duas formas de obsolescência programada utilizadas pelos fabricantes. A primeira é a obsolescência percebida que é quando o consumidor é levado a considerar o produto que tem em casa velho por conta do lançamento de novas versões lançadas constantemente. Outro tipo atual de obsolescência, a funcional, ocorre quando o produto tem sua vida útil abreviada de propósito. Como aconteceu na década de 1920, quando fabricantes de lâmpadas da Europa e dos EUA decidiram, em comum acordo, diminuir a durabilidade de seus produtos de 2,5 mil horas de uso para apenas mil. O maior problema de todo este processo acaba sendo o grande impacto ambiental gerado.

A troca regular de produtos aumenta a produção de lixo, o que prejudica o meio ambiente. Mas se formos levar em conta que o setor da indústria que mais se vale da estratégia de obsolescência programada é o de eletrodomésticos, a situação piora, uma vez que lixo eletrônico contém metais pesados que podem contaminar a natureza. Além disso, o estímulo à produção acarreta um maior gasto energético e maior utilização de matérias-primas.

Fonte: site perndamento verde

É o local onde são armazenados os resíduos coletados, os quais serão separados de acordo com as suas tipologias, prensados, enfardados para posteriormente serem comercializados e seguirem para as indústrias recicladoras.

As primeiras cooperativas e associações foram formadas a partir da década de 1990, possibilitando novas perspectivas de relação dos grupos de catadores com o poder público dos municípios.

Todo o material coletado pela equipe da coleta seletiva do CIRSURES é doado à Cooperamérica (Cooperativa de Reciclagem do Rio América), uma cooperativa composta por 26 catadores criada que foi criada em 2007, localizada em terreno anexo ao aterro sanitário do CIRSURES.

Segundo Souza et al (2010), a formação de cooperativas de reciclagem em diversas regiões do Brasil tem sido objeto de investigação de pesquisas que mostram a importância da atividade para mitigar o impacto ambiental dos resíduos sólidos urbanos, por meio do trabalho de coleta seletiva. Por outro lado, os estudos também mostram as dificuldades dessa profissão organizada em cooperativas, com o apoio de setor público, privado e da sociedade civil.

A visão compartilhada na gestão dos resíduos sólidos, aliada às cooperativas de catadores, contribui com a extensão da vida útil de produtos e embalagens por meio da coleta, separação e fornecimento de matéria-prima secundária para a indústria, possibilita a valorização e a profissionalização do trabalho do catador, a inclusão social e o resgate da cidadania, bem como a retirada dos catadores dos lixões e aterros. Ressalta-se que a profissão do catador não é tão glamurosa quanto o papel social e ambiental que os catadores exercem.

Metais: Nesses casos, a primeira etapa da reciclagem, a coleta seletiva, costuma ser feita por catadores. O processo de reaproveitamento do alumínio, o metal mais reciclado, consiste na retirada de impurezas (como areia, terra e metais ferrosos), na remoção das tintas e vernizes e, por fim, na fundição do metal. Num forno especial, ele se torna líquido, para ser então laminado. O combustível queimado nesta etapa pode provir do gás gerado nas fases anteriores. São essas chapas que são transformadas em novas latas.

Papel: Assim que chega à indústria da reciclagem, é cortado em tiras e colocado num tanque de água quente, onde é mexido até que forme uma pasta de celulose. Na fase seguinte, drena-se a água e retiram-se as impurezas. O preparado é, então, despejado sobre uma tela de arame. A água passa e restam as fibras. O material é seco e prensado por pesados cilindros a vapor e alisados por rolos de ferro. Está, então, pronto para ser enrolado em bobinas e ser papel de novo.

Plástico: a reciclagem pode ser feita de duas maneiras: com ou sem a separação das resinas. O primeiro processo é mais caro para os brasileiros, uma vez que requer equipamentos que não são fabricados no país. O resultado desta técnica é a chamada madeira plástica, usada na fabricação de bancos de jardim, tábuas e sarrafos. No processo mais comum, inicia-se pela separação dos plásticos conforme sua densidade. Depois, são triturados até virarem flocos do tamanho de um grão de milho. Já lavados e secos, os flocos (pellets) são vendidos às fábricas que confeccionam artefatos de plástico.

Vidro: a primeira etapa do processo de reciclagem é separá-lo conforme a cor (normalmente o incolor é o de melhor qualidade). Em seguida, o material é lavado e ocorre a retirada de impurezas, como restos de metais e plástico. Um triturador, então, transforma o vidro em cacos de tamanho homogêneo. Antes de serem fundidos, os pedaços são misturados com areia e pedra calcária. Sem que resfriem, recebem um jato de ar quente para tornarem-se mais resistentes. Estão, enfim, prontos para serem utilizados mais uma vez.

Multicamadas: 

As embalagens cartonadas são aquelas caixas de papelão que embalam os leites, sucos, extratos de tomate, leite condensado, etc. Elas são práticas, leves, fáceis de estocar e protegem o alimento. Mas, quando simplesmente descartadas de forma inadequada, causam um grande impacto ambiental, pois podem levar até 200 anos para se decompor totalmente.

Estas embalagens são compostas por seis camadas de materiais diferentes, como plástico (20%), papel (75%) e alumínio (5%), por conta disso a reciclagem deste resíduo é bem complexa e depende de sistemas específicos de tratamento para a separação destes componentes, o que torna o processo caro, pois depende de diversos procedimentos que se inicia em uma fábrica de papel, passando por fábricas de plástico e por fim as que utilizam o alumínio. As embalagens, quando enviadas para as fábricas de reciclagem de papel, são colocadas em um equipamento semelhante a um liquidificador gigante (hidrapulper), que hidrata as fibras de papel separando as do plástico e do alumínio. Em seguida as fibras são lavadas e purificas e já podem ser usadas para a produção de caixa de papelão, tubetes (rolos de papel/papelão), ou na produção de material gráfico.

Para as fábricas de processamento de plástico é encaminhado o material composto de plástico e alumínio, que é reciclado por meio de processos trituração, secagem, extrusão e injeção, resultando em plástico puro. Este material é usado para produzir peças plásticas como vassouras, cabos de pá, coletores, entre outros.

Outra técnica interessante para a reciclagem deste material é o processo que permite a utilização do plástico e alumínio, em que os materiais são triturados e prensados a quente (ou seja, os materiais passam por uma prensa quente, onde ganharão o formato de placas), no qual são transformados em uma chapa semelhante ao um compensado de madeira que pode ser usada na fabricação de móveis, placas, telhas, divisórias e pequenas peças decorativas.

Uma nova técnica desenvolvida no Brasil, usa-se um forno de plasma para o processamento do composto de plástico e alumínio. Em uma atmosfera sem oxigênio (que preserva a qualidade do alumínio) e sob alta temperatura, o sistema aquece a mistura do composto. Neste processo, o plástico se quebra em moléculas, transformando-se em parafina e o alumínio se funde, tornando-se matéria-prima pura novamente, que pode voltar a ser folha para uso em novas embalagens.

A reciclagem é uma ação importante pra se preservar o meio ambiente e o uso do alumínio reciclado economiza ate 95% da energia que seria usada para produzir alumínio primário. A parafina do plástico pode ser utilizada na fabricação de novos plásticos, ceras, sabão, etc. Com o reaproveitamento das fibras de papel, serão fabricados diversos tipos de papéis reciclados, reduzindo o corte de árvores. Mas para que dê resultados é preciso que toda a sociedade colabore e participe da construção de uma mudança de mentalidade e consequentemente de hábitos em relação à problemática do resíduo.

Neste momento, o CIRSURES não possui o serviço de coleta e destinação de eletroeletrônicos. Entretanto, alguns municípios consorciados já possuem serviços relacionados, tais como Siderópolis e Orleans.

Este é um assunto que tem despertado grande interesse dos vários setores da sociedade. A resposta é recheada de um alto grau de complexidade científica porque:

a) Depende da formulação dos diversos tipos de materiais, isto é, que tipo de plástico, que tipo de metal, a composição do produto de vidro, o tipo de papel, etc…

b) Depende do ambiente tomado como referência para uma análise comparativa:

•          Qual o tipo de solo e qual o pH do solo onde este resíduo se encontra?

•          Quais as características geológicas?

•          Há ausência de oxigênio naquele ambiente?

•          Está depositado em oceanos, em rios, em manguezais?

•          Encontra-se em contato com água doce ou salgada?

•          Foi disposto em lixão, em aterro controlado, em aterro sanitário?

•          Há retirada periódica de produtos da degradação do lixo (chorume, gases, por exemplo)?

•          Depende ainda do grau de exposição às intempéries (raios solares, chuvas, dentre outros).

Portanto, fica evidente que, sem base científica e metodologia rígida de análise, dificilmente um parecer será emitido. O CIRSURES ainda não dispõe de fontes de referência que preencham plenamente tais requisitos.

O programa de coleta seletiva intermunicipal do CIRSURES foi implantado em dezembro de 2008 em Urussanga/SC. Em setembro de 2013, a coleta foi implantada Cocal do Sul. Em maio de 2014, após a aquisição de um novo caminhão com recursos próprios do CIRSURES, o serviço passou a ser oferecido também no município de Treviso. Recentemente, no dia 16 de março de 2015, foi efetuada a expansão das rotas nos três municípios acima mencionados.

Após a aquisição de um segundo caminhão em maio de 2015, o CIRSURES implantou a coleta seletiva nos municípios de Orleans, Siderópolis e Lauro Müller na semana de 11 de maio de 2015. A partir do dia 10 de julho do mesmo ano, foi implantada a coleta seletiva nas escolas de Siderópolis.

Neste momento, julho de 2015, o CIRSURES em parceria com a COOPERAMÉRICA, a Prefeitura de Morro da Fumaça e a FUMAF está efetuando estudos para a implantação da coleta seletiva no município de Morro da Fumaça.

Todo o resíduo sólido urbano de uma cidade é de responsabilidade das prefeituras. Dessa maneira, se não existirem iniciativas municipais, dificilmente a reciclagem será massificada. Outra situação a ser vencida é a falta de mecanismos de coleta seletiva. A situação levou à formação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis e de empresas privadas especializadas que reconhecem na coleta seletiva e na reciclagem uma forma de valorização dos resíduos sólidos e de obtenção de recursos financeiros. 

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, elaborado pela Abrelpe, em 2013, pouco mais de 62% dos municípios registraram alguma iniciativa de coleta seletiva. Já na região sul do país, segundo o mesmo estudo, esse número sobe para 81%.

Embora seja expressiva a quantidade de municípios com iniciativas de coleta seletiva, convém salientar que muitas vezes estas atividades resumem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária ou convênios com cooperativas de catadores, que não abrangem a totalidade do território ou da população do município.

O Brasil tem um bom desempenho na reciclagem de materiais como o alumínio – que chega a registrar índice de 97% de reciclagem de latinhas -, o papel e o plástico. No caso das latinhas, o alto índice de reciclagem é devido ao atrativo valor do alumínio, o que incentiva a coleta. Contudo, ainda há muito material a ser reciclado e outros fatores precisam evoluir para aumentar esse volume.

Neste sentido, existe a Resolução CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001, que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Azul: papel/ papelão

Laranja: resíduos perigosos;

Vermelho: plástico;

 Branco : resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;

Verde: vidro;

Roxo: resíduos radioativos;

Amarelo: metal;

Marrom: resíduos orgânicos;

Preto: madeira;

Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação .

São componentes tóxicos (como chumbo, mercúrio e cádmio) encontrados, por exemplo, em pilhas, baterias e lâmpadas. Esses produtos, se descartados em lixões ou em ambientes não preparados para sua disposição, contaminam o solo, os cursos d’água e os lençóis freáticos, criando situação de perigo para o homem e o meio ambiente. Os metais pesados podem ainda afetar a qualidade do produto obtido na compostagem do resíduo orgânico, por isso é necessário checar sua origem. Além disso, a queima de resíduos de metais pesados em incineradores também não consiste em uma boa prática, pois os resíduos tóxicos permanecem nas cinzas e parte deles pode volatilizar, contaminando a atmosfera.

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei.”

A logística reversa é “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação.

“A Lei nº 12.305/2010 dedicou especial atenção à Logística Reversa e definiu três diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: regulamento, acordo setorial e termo de compromisso.

Sistemas implantados:

•          Embalagens de Agrotóxicos

•          Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (Oluc)

•          Embalagens Plásticas de Óleos Lubrificantes

•          Pilhas e Baterias

•          Pneus

Sistemas em Implantação:

•          Logística Reversa de lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista,

•          Embalagens em geral,

•          Eletroeletrônicos e seus componentes,

•          Medicamentos.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2015.

Rotulagem Ambiental são declarações que dão ao consumidor informação a respeito do impacto ambiental de um produto ou serviço. Tem por objetivo promover a redução dos impactos ambientais negativos relacionados a produtos e serviços através da conscientização de fabricantes, consumidores e instituições públicas mostrando a vantagem de adotar produtos que causem o menor impacto ambiental possível durante o seu ciclo de vida.

Até o momento, já foram publicadas pela ISO as normas Tipo 1 e Tipo 2:

•          Tipo 1 (14.024) – Selos verdes/certificação por terceiros.

•          Tipo 2 (14.021) – Auto declaração

Acordo setorial é um “ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.”

Por permitir grande participação social, o Acordo Setorial tem sido privilegiado pelo Comitê Orientador como instrumento preferencial para a implantação de logística reversa. 

Trata-se de uma metodologia utilizada para a diminuição de resíduos gerados em nosso cotidiano. O CIRSURES convida você a mudar sua atitude utilizando os 5R’s.

Repense:

Repense seus hábitos de consumo e atitudes. Analise o impacto de seu consumo sobre o meio ambiente. Tome atitudes conscientes.

Recuse:

Recuse produtos que causem danos ao meio ambiente ou à nossa saúde.

Reduza:

Evite compras desnecessárias ou desperdícios. Prefira refis, utilize sacolas retornáveis, etc. Você economiza e ajuda a diminuir o volume de resíduos encaminhados para os aterros sanitários.

Reutilize:

Aproveite o verso de papéis, reutilize potes com tampa para guardar pregos, botões, moedas, molhos na geladeira, etc.

Recicle:

Transforme garrafas pets em vasos de flores, por exemplo. Em processos industriais é possível transformar resíduos já utilizados em novos produtos, como garrafas pet em camisetas, caixas de leite e tubos de pastas de dente em telhas, plásticos em mangueiras, etc.

Sim e o CIRSURES coleta!

Amplamente utilizado em embalagens de alimentos ou para proteção de aparelhos eletrônicos e itens frágeis, o isopor está cada vez mais presente em nosso dia a dia. Produzido a partir do poliestireno, um polímero termoplástico derivado do petróleo, é, na verdade, um plástico atóxico e 100% reciclável.

É uma matéria-prima nobre para ser jogada no lixo, e de olho nesse potencial, o CIRSURES efetua a coleta desta material que tem sido cada vez mais reciclado no Brasil, para voltar à cadeia produtiva e também colaborar com a proteção do meio ambiente.

O material pode ser reciclado de três formas:

a)através da reciclagem mecânica, que transforma o produto em matéria prima para a fabricação de novos produtos (exemplo: rodapé e moldura para quadros);

b)da reciclagem energética, que usa o poliestireno para a recuperação de energia, devido ao seu alto poder calorífico;

c)da reciclagem química, que reutiliza o plástico para a fabricação de óleos e gases. Mas vale lembrar que para ser reciclado ele deve estar limpo e não pode conter partes metálicas, adesivos ou papel.

Apesar dos benefícios, em muitas cidades a reciclagem do produto encontra alguns obstáculos. Com 95% de ar em sua composição, o isopor, apesar de leve, é volumoso, o que acaba encarecendo seu transporte. Devido às dificuldades logísticas, muitas empresas e cooperativas não têm interesse na coleta do material, o que torna comum sua presença em grandes quantidades nos aterros sanitários.

No momento, o CIRSURES não efetua coleta de pneus. No entanto, os pneus velhos podem ser reformados, reciclados ou reutilizados em objetos de decoração, móveis, entre outros.

Desde 1999 há uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente que pede para que as indústrias de pneus brasileiras ofereçam uma destinação ambientalmente correta para os pneus usados. Esta norma foi criada devido aos malefícios que o material pode causar ao meio ambiente já que o pneu demora cerca de 600 anos para se decompor. Além disso, quando queimado, o produto libera uma fumaça com diversos poluentes, como carbono e enxofre. Se este resíduo for descartado em rios dificulta o fluxo da água, sendo assim, é um produto que necessita de um destino correto. A maioria dos pneus descartados é reformado e retornam posteriormente à indústria que os fabrica. Isso é feito há mais de 60 anos no Brasil, que é o segundo maior país a realizar esta prática, perdendo apenas para os Estados Unidos. O pneu reformado possui um rendimento quilométrico semelhante ao novo, mas com custo 75% menor ao consumidor. Existe também aquele pneu que não serve mais, ou seja, que não é possível ser reformado, precisando ser aproveitado de outra maneira – é o chamado pneu inservível. O produto pode ser transformado em solados, percintas (usadas na estrutura de móveis estofados), asfalto, tijolos de concreto, matéria-prima para produção de energia em cimenteiras, entre outros. No processo de reciclagem dos pneus inservíveis, depois de ser feita a coleta deles é retirado o aço presente neste material. Depois eles são triturados e a partir daí encaminhados para empresas que produzem materiais a partir da borracha destes pneus. Segundo a Reciclanip (entidade sem fins lucrativos que atua na logística de coleta e destinação de pneus inservíveis), em 2012, no Brasil 64% dos pneus inservíveis foram utilizados como combustível em indústrias de cimento. Os 36% restantes foram triturados e aproveitados na fabricação de solados de sapato, borrachas de vedação, pisos de quadras poliesportivas, pisos industriais e tapetes para automóveis. No Brasil, uma das formas mais difundidas de reaproveitamento do pneu inservível é como combustível para as indústrias de cimento, cuja utilização para esses fins tem sido incentivada por meio de leis estaduais. Se todos os pneus coletados em 2012 fossem transformados em matéria-prima para o asfalto ecológico seria possível pavimentar cerca de 70 mil quilômetros de vias, um número expressivo que traria menos gastos ao país. Há diversas práticas viáveis para reutilizar os pneus, porém é necessário um maior incentivo de suas práticas. A reciclagem do produto pode ser maior e mais difundida para empresas e até para a população.

A coleta seletiva foi implantada inicialmente em Urussanga, e caráter experimental, em dezembro de 2008. A escolha inicial por este município não ocorreu por acaso, afinal, é em Urussanga que está localizado o aterro sanitário do CIRSURES. Deste modo, a coleta seleltiva também segnificou e significa para este município, uma forma de compensação ambiental.

Com o passar do tempo a população habituou-se à segregação na fonte e passou a separar mais e melhor os recicláveis, fato que demandou a ampliação da coleta seleltiva, aumentando o número de rotas.

Se voce reside em um dos sete municípios consorciados ao CIRSURES, poderá verificar o cronograma da coleta seletiva clicando no item “horários da coleta”, no seguinte link:

Horários e Rotas

 

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